Estereótipos étnicos em Star Wars

Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, teve lugar uma aventura espacial, épica e mítica. Essa aventura nos diverte, a nós humanos terráqueos, na Via Láctea dos dias de hoje. Não é à toa, pois a narrativa de Star Wars (Guerra nas Estrelas) tem vários personagens arquetípicos e é construída segundo a mesma fórmula das narrativas míticas antigas.

Porém, além de nos fisgar pela emoção de uma luta épica contra um império do mal, pela autodescoberta do protagonista e pelo conflito edipiano subjacente a tudo isso, Star Wars também apela para pré-noções, ou melhor, preconceitos, menos nobres, sub-reptícia e talvez não intencionalmente retratados em alguns dos personagens marcantes da saga.

A seguir, apresento alguns dos personagens de Star Wars, relacionando-os aos estereótipos a que se remetem e, quando possível, comparando-os com algumas figuras semelhantes, encontradas em outras mídias.

Ciganos nômades misteriosos

Jawas
Jawas

Jawas

No deserto do planeta Tatooine, os jawas atravessam as imensidões áridas em seus rastejadores-da-areia (sandcrawlers), coletando sucata, negociando e vendendo o que encontram. Seus enormes veículos, que comportam dezenas deles e uma profusão de droides e quinquilharias eletrônicas, parecem também servir como moradias móveis.

Esse estilo de vida e economia nos levam a pensar nos jawas como um povo nômade, que estão sempre se locomovendo de um lugar para o outro nas vastidões desérticas, em busca de matéria-prima para seus escambos e vendas. Também se infere disso tudo que eles se agrupem em extensos grupos familiares.

De resto, eles se apresentam como um povo misterioso, rostos cobertos por capuzes e mantos, um idioma estranho, e nada sabemos sobre outros de seus hábitos, crenças e costumes.

Ciganos

Acampamento Cigano
Ciganos (As Caravanas – Acampamento Cigano perto de Arles, pintura de Vincent van Gogh)

Os ciganos são um grupo nômade encotrado em todos os continentes da Terra. Têm origem na Ásia meridional (arredores da Índia), de onde se espalhou. Quase sempre se agrupam à parte da sociedade hegemônica em que fazem morada, mantendo costumes estranhos aos nativos e hábitos endogâmicos que os separam etnicamente da população que os rodeia. Os agrupamentos ciganos se caracterizam como famílias estendidas, com uma hierarquia baseada em noções de parentesco.

A imagem típica dos ciganos é a de eternos forasteiros que vivem viajando e se mudando, em caravanas que levam todos os seus pertences, o que faz de seus veículos suas casas. A atividade econômica mais comum é a comercial, o que os remete à imagem do mascate. Pensa-se nos ciganos como bruxos, capazes de proezas como a adivinhação (através da quiromancia, cartas de Tarô ou bolas de cristal). Também é corrente a associação dos ciganos com a dança, a música e a festa.

Como os ciganos, os jawas se movem de um lugar a outro levando tudo o que têm, vivendo de negócios e se mantendo misteriosamente à parte da sociedade mais ampla (no caso, do planeta Tatooine).

O misterioso mestre japonês

Mestre Yoda
Mestre Yoda

Mestre Yoda

No pantanoso planeta Dagobah, Luke Skywalker encontrou  Mestre Yoda. Este é pequeno, tem as feições do rosto exóticas, veste um robe e fala trocando a ordem das palavras, como se não estivesse falando sua língua materna. Ele é um símbolo do antigo ditado “as aparências enganam”, e é a muito custo que Luke aceita a realidade de que ele é o poderoso mestre Jedi que completará seu treinamento. Como ele mesmo pergunta a Luke:

Judge me by my size do you?

[Pelo meu tamanho você me julga?]

O Ocidente colonizador sempre expressou um fascínio sobre o povo e a cultura japoneses. A filosofia zen-budista e as artes marciais criaram um estereótipo do mestre-monge que detém total controle de seu corpo e sua mente. Os sábios anciãos parecem não perder vigor com a idade, tornando-se cada vez mais fortes e poderosos, embora diminuam de tamanho e percam o viço.

Sr. Miyagi

Sr. Miyagi
Sr. Miyagi

Tomemos o exemplo do personagem de Pat Morita em Karatê Kid, Sr. Miyagi. Há uma enorme semelhança entre ele e Yoda. De início, Daniel não concebe que Miyagi domine o karatê, mas o velho o surpreende várias vezes com sabedoria e habilidade marcial.

Sr. Miyagi treina seu discípulo, Daniel-san, com um método heterodoxo, sem que o garoto se aperceba de início que está aprendendo karatê. As lições são misteriosas e difíceis de compreender, como se fosse uma sabedoria mística de um mundo exótico. Da mesma forma, Luke tem dificuldades de entender as lições de Yoda, que o surpreende quando demonstra aquilo que é tão difícil de colocar na cabeça do jovem aprendiz.

Sempre mantém um sotaque, uma gestualidade e costumes característicos, com a maior simplicidade e economia de energia. Voltando a Yoda, vislumbramos o sábio de Dagobah preparando uma sopa esquisita e nutritiva, vivendo simples e frugalmente. Como se não bastassem tantas semelhanças, até a voz da versão dublada de ambos os personagens é a mesma, mostrando a noção de que Yoda deveria soar como um velho sábio japonês:

Piratas mestiços degenerados

Caçadores de recompesa
Caçadores de recompesa

Caçadores de recompensa

Quando o Império decide contratar caçadores de recompensa para capturar Leia e cia., os oficiais sob o comando de Lorde Vader demonstram desprezo por eles. O Almirante Piett assim se expressa, murmurando:

Bounty hunters. We don’t need that scum.

[Caçadores de recompensa. Não precisamos dessa escória.]

A imagem que se mostra dos caçadores de recompensa é a de um grupo amedrontador, de rostos animalescos e máscaras misteriosas. Não há nenhum deles que mostre um semblante humano, como se o fato de eles serem parte da escória da galáxia tivesse a ver com alguma natureza bestial.

A noção de pessoas bestiais e selvagens muitas vezes se acompanhou, ao longo da história moderna, de uma ideia de que a mistura de raças produz seres degenerados, que vivem à margem da sociedade, seguindo regras próprias e, portanto, inadequados para o convívio em sociedade.

Os caçadores de recompensa que o Império Galáctico contrata são todos bem diferentes entre si. A imagem de um grupo heterogêneo de bandidos (no caso de bandidos humanos: uns brancos, outros negros, vários mestiços), tão misturados que nenhum deles se encaixa nas identidades raciais pré-estabelecidas, nos remete a essa suposta relação entre a quebra das regras moralistas e segregacionistas e a vida exilada, fora-da-lei, que tem uma grande ressonância com a imagem dos piratas que nos chegaram pela literatura e pelo cinema.

Piratas

Piratas do Tietê
Piratas do Tietê

A pirataria marítima surgiu num contexto de uma série de revoltas contra o regime colonial. Diante das duras condições em que viviam os marujos da Marinha europeia, subjugados a uma disciplina cruel por parte dos capitães, muitos marinheiros se insubordinaram em motins, tomando os navios para si e estabelecendo suas próprias regras. Execrados pelas potências de origem, os piratas foram pintados como bandidos, mesmo que muitos deles não tenham feito mais do que quebrar uma tradição hierárquica e dividir igualmente os recursos a bordo.

A representação dos piratas como degenerados, que perderam a civilidade e foram tomados pela barbárie, os fazem ser muitas vezes representados como brutos, deformados e feios. Aliado a isso, tendo em vista o caráter menos conservador de suas práticas, os piratas geralmente não mantinham regimes machistas nem racistas, permitindo-se às vezes uma mulher no comando e a convivência igualitária entre raças e etnias de todo o mundo. Mesmo não constituindo uma etnia em si, a identidade estereotipada dos piratas está marcada por um traço pluriétnico.

Nisso, estabeleceu-se a imagem de um bando de piratas de todas as cores e fenótipos, misturados entre si e quebrando o status quo, sem a homogeneidade idealizada de um grupo de europeus, brancos, nobres e civilizados. Como os caçadores de recompensa contratados pelo Império, os piratas fora da lei são obrigados a recorrer a trabalhos proibidos, como saques, pilhagens (proibidos a civis, mas não aos oficiais da Marinha) e serviços sujos que o poder instituído não se permite fazer, mas precisa para manter sua dominação.

O chefe mafioso italiano

Jabba o Hutt
Jabba o Hutt

Jabba o Hutt

Jabba o Hutt é o cabeça de uma organização criminal que praticamente controla a sociedade do planeta Tatooine. Ele é uma imensa criatura com a aparência de uma lesma gorda e semblante cansado de quem passou grande parte de sua vida trabalhando para galgar o topo do crime organizado e desfrutando de prazeres como comida, drogas e sexo. Insiste em sempre falar em huttês, uma língua diferente daquela usada pela maioria dos personagens de Guerra nas Estrelas.

Ele tem um séquito composto de várias raças, que trabalham como seus guardas, porta-voz, bobo-da-corte, dançarinas, músicos, todos fiéis ao laço que lhes concede alguma proteção e poder e permite a Jabba exercer seu domínio. Este é assegurado através do medo, especialmente com assassinatos daqueles que não cumprem sua palavra nem pagam suas dívidas.

Em muito ele lembra um chefão da máfia, com sua imponência paterna e ao mesmo tempo temida. Notadamente, ele tem alguns traços que remetem especificamente aos mafiosos imigrados da Itália ou descendentes destes.

Don Corleone

Don Corleone
Don Corleone

A imagem estereotipada do chefe mafioso italiano pode ser vista na figura de Don Corleone, do filme O Poderoso Chefão. Ele tem a mesma imponência física mostrada por Jabba e vive cercado por pessoas que fazem os serviços ilegais de que ele precisa, num pacto de proteção, poder e dinheiro (além dos laços familiares que os ligam como um clã).

A casa de onde Don Corleone exerce seu poder, como o palácio de Jabba, é uma mansão que está sempre cheia de parentes, agregados, afilhados e capangas. Neste ambiente, impera um idioma estrangeiro, o italiano, como que uma forma de manter segredos e evitar a atenção de bisbilhoteiros, do mesmo modo que Jabba só se comunica em huttês.

As alianças e os esquemas que funcionam à margem do poder instituído permitem a Don Corleone exigir, através da intimidação e da violência, que certas pessoas lhe façam favores e paguem as dívidas, sempre mantendo o ar familiar no qual ele é o pai (ou padrinho) de todos os envolvidos, uma figura ambígua que mistura respeito e temor.

Pigmeus primitivos

Ewoks
Ewoks

Ewoks

Os ewoks são habitantes sencientes do satélite Endor. Assemelham-se a ursos, peludos e com orelhas arredondadas, e têm estatura pequena, da altura de anões humanos. Sua cultura tem um caráter tribal, com casas construídas de madeira, quase no topo das imensas árvores que habitam. Aparentemente têm uma relação espiritual com a natureza, com crenças que, em nossa cultura, muita gente consideraria “primitivas”.

Sua tecnologia seria vista como “atrasada” por muitos ocidentais contemporâneos, pois usam lanças, fundas e se vestem geralmente com apenas uma peça de roupa, uma espécie de manto que cobre a cabeça e o pescoço. A exceção mais visível é o xamã, que tem adornos e usa um crânio de animal na cabeça. Apesar disso, desenvolveram a habilidade de construir asas-deltas. Eles coletam troféus de guerra, como os elmos dos soldados imperiais que derrotaram em batalha.

Sua aparência pequena e semelhante a animais fazem com que os humanos que os encontram achem graça deles e os considerem ingênuos e infantis. O local que habitam também os fazem parecer mais próximos da natureza do que da cultura, mais próximos da animalidade do que da inteligência. Seu idioma é considerado por C3P0 como um dialeto primitivo. Suas crenças em divindades os fazem tomar o droide dourado por um deus.

A tecnologia menos complexa do que a usada pelos rebeldes e pelo Império contribuem para essa visão de que os ewoks estão longe de ser considerados uma ameaça, tanto tecnológica quanto intelectual e estratégica. Embora o conflito com o Império tenha provado o contrário, a imagem que os torna semelhantes aos seres humanos “selvagens”, “primitivos” e “ingênuos” se mantém.

Pigmeus mbuti do Congo

Pigmeus mbuti do Congo
Pigmeus mbuti do Congo

Todo contato entre uma civilização social e tecnologicamente complexa com uma civilização cujo modo de vida é mais simples quase sempre traz uma série de divergências motivadas pelo etnocentrismo, com a dominação do mais “fraco” pelo mais “forte”. Quando há diferenças superficiais perceptíveis também na morfologia, isso se agrava, com a  invenção de justificativas para uma suposta natureza mais avançada de um dos grupos (o dominante) e um suposto atraso do outro (o dominado).

O povo mbuti, que vive em florestas no Congo, se caracteriza por uma estatura média pouco encontrada no Homo sapiens. Eles têm cerca de 1,50m de altura, sendo classificados como pigmeus. Seus vizinhos mais próximos, os bantu, se veem como superiores aos mbuti, considerando-os, pelo seu tamanho e pelo fato de viverem na floresta, como mais próximos de animais do que de humanos. Essa visão se acentuou ainda mais nos olhos do colonizador europeu.

Como vimos, os ewoks vivem em meio a uma natureza preservada, o que os confunde com bichos. Da mesma forma, a economia dos mbuti implica na preservação da selva, de onde extraem todo o seu alimento básico. Eles não são vistos somente como homens-bicho, mas também como criaturas fantásticas, seres espirituais da floresta ou demônios pelos povos vizinhos de altura maior, quase na mesma categoria dos ewoks, que são de fato uma raça da fantasia.

O ambiente em que os mbuti vivem tem sido sistematicamente devastado por governos locais e estrangeiros interessados no valor econômico da flora e das terras, à revelia dos seres humanos que ali habitam, praticamente encarados como parte da fauna local não-humana. Lembrando muito o que aconteceu com os ewoks (cuja lua onde viviam, coberta de uma densa selva, foi escolhida como base de operações de guerra do Império Galático), as florestas dos mbuti têm sido usadas com objetivos militares, sem que se pense que, ao invadir seu território dessa forma, os forasteiros já estão cometendo um ato de guerra.

10 comments

  • Concordo que Yoda se enquadre no velho mestre, que é um esteriótipo elogioso. Jawas ciganos ? Há algumas semelhanças, mas nada a ver com etnias e sim com o modode vida. Jabba italiano ? Chefão, sim, mas de italiano não vi nada.Piratas mestiços ? Poxa, me desculpe, mas alguns piratas tem até linhagem nobre. De qqr jeito, vale a pena observar esses aspectos. Abç, Paulo

  • Olá, @Paulo,

    Primeiramente, obrigado pelo comentário. 🙂

    Em segundo lugar, minha intenção não foi comparar os personagens a pessoas reais, mas a estereótipos, ou seja, às imagens preconcebidas que temos de certos grupos. Tampouco procurei comparar de maneira absoluta. Apenas me detive em algumas características gerais dos personagens que remetem ao estereótipo, sem sondar os detalhes.

    O próprio Yoda, cuja comparação você achou pertinente, não poderia ser equiparado a todos os sensei reais, pois eles não são todos iguais. Eu o comparei a uma imagem idealizada, representada aqui também pelo Sr. Miyagi, que tem aspectos caricatos.

    Quanto aos jawas e os ciganos, estes são sim uma etnia, ou melhor, um conjunto de etnias com origens comuns. A maioria dos ciganos é nômade, e isso faz parte da representação que temos sobre seus costumes e hábitos culturais. Por derivação, muitas pessoas usam a palavra cigano para se referir a qualquer grupo que tenha costumes nômades, mas há tribos indígenas nômades, há os tuaregues do Saara, também nômades, que não têm nada a ver com os ciganos que têm origens ancestrais na Índia.

    Sobre Jabba, ele pode não falar italiano, pode não comer pizza e pode não usar terno. Mas, como eu disse, não procurei equiparar, e sim comparar alguns aspectos do personagem ao estereótipo do chefão mafioso italiano (ou descendente de italianos). O que estou sugerindo é que o chefão mafioso italiano pode ter servido de inspiração para o personagem de Jabba, pelas características que relacionei no ensaio.

    Sobre os piratas, recorri ao estereótipo e não aos piratas reais. A pirataria marítima existe desde a Antiguidade e hoje em dia há piratas em todos os mares do planeta, cada grupo possuindo uma característica étnica diferente. Mas estou me referindo à representação atual mais recorrente dos piratas, herdada da pirataria moderna que se iniciou no século XVII.

    De qualquer forma, suas observações são muito relevantes, para que eu procure deixar mais claras as ideias que quero veicular aqui.

    Mais, uma vez, obrigado. 🙂

  • de uma maneira geral, existem até outras correlações possíveis:
    – O Império com os regimes totalitários, lembrando que estes filmes foram lançados em plena guerra fria.
    – Os Jedy com heróis místicos, com poderes e sobrehumanos (força). O domínio da força é considerado um dom, que pode ser disciplinado mas não aprendido do zero, pelas "pessoas normais".

    agora, eu ri muito da trollagem e de seu espírito na resposta. parabéns. Na verdade a idéia de "nao alimente os trolls" talvez seria mais eficaz se fosse algo como: "trate os trolls como vc trataria uma criança carente de atenção mas muito mal educada".

  • Monsieur le @Marquês,

    Obrigado por entender a proposta do texto. 🙂

    Eu ia comparar os jawas aos tuaregues, por viverem no deserto arenoso e usarem mantos. Mas eles viajam em veículos e trabalham com comércio, achei que ficariam mais parecidos com os ciganos. Talvez os tusken raiders (povo da areia) se enquadrem bem melhor no estereótipo dos tuaregues, pois além das emboscadas eles viajam cavalgando (não em camelos, mas em banthas).

    @Tiago Oliveira,

    Não ignoro nada do que você relacionou, e é tudo muito pertinente para uma interpretação de Star Wars. Mas o meu foco neste artigo foram os estereótipos étnicos.

  • Rapaz, que 'troll' amalucado este, hein?! Procurar briga com o mais 'zen' da galáxia virtual, ré, ré (opa, mais um estereótipo!)!

    Tanto entendi a proposta de teu ótimo texto, como também a "queixa" estabanadamente agressiva do tal "cinéfilo": o que ele quis dizer com "lugar-comum", na verdade, por falta de articulação lingüística nas suas cavernas de origem, queria dizer "professoral" ou "didático", uma vez que, descendo a minúcias histórico-culturais de cada grupo aqui representado, acabaste por fazer uma coletânea de pequenos textos encerrados em si mesmos, sem a amplitude de um artigo, como costuma fazer, o que parece ter irritado a "besta-fera", cuja leitura se deve limitar aos resumões "lugar-comum" dos Wikipédias da vida…

    Outro porém, pelo que entendo da linguagem de grunhidos de sua raça, parece-me ter sido quanto à analogia entre o personagem asqueroso e mau por natureza do Jabba e o fino mafioso que aparenta ter ética e bom-senso em seus negócios criminosos ao procurar livrar a família do pecado Dom Vitto… Posso até concordar com ele nestes aspectos, mas foi interessante ver tipos gordinhos, feios e atarrancados (formas descritas para o personagem do mafioso no livro, diferentes do belo Brando no Cinema) como mafiosos em sua análise, meu caro…

    Enfim, tolice responder a agessividades como esta, realmente uma pena… Mas sigo atualizando minha leitura por aqui (nem que passe o sábado inteiro, ré, ré) e comentando em cada um (viu só? É assim que se faz, rs)! Abraço!

  • Talvez tenha esquecido do episodio de racismo que rolou com o personagem na prequel de SW com o amaldiçoado e infeliz Jar Jar Binks.
    Não propriamente de racismo contra a espécie anfíbia mas porque compararam o atrapalhado personagem à um jamaicano, pelo sotaque inglês e pelo esteriotipo de movimentos, assim como o rastafari transmutado em suas 'orelhas'.
    Todos as equiparações foram muito felizes, apesar dos duros comentários odiosos que se seguiram.
    Creio que é preciso perceber aonde o Sr. Lucas bebeu da fonte…
    É sabido que era fanático pelo cinema japones, os 7 samurias, há inclusive um video excelente no youtube onde comparam tomadas das batalhas de SW com as dos filmes, que é exatamente igual em termos criativos. haha.
    Outra coisa, sobre o Don Corleone. O pessoal esqueceu que o Sr. Lucas e o Sr. Copolla eram camaradas proximos! Faziam parte do mesmo grupo de "jovens" diretores promissores do final dos anos 70.
    Parabens pelo otimo trabalho!

  • Muito legal. O texto só mostra como esse universo foi construído com elementos da nossa realidade. Mesmo que não seja igualzinho com um ou dois chatos aí falaram, é uma questão de se enxergar influências e não cópias idênticas.

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