Autor: Theo G. Alves
O libertador
Antes de ser morto meu pai, ensinou-me que ao homem é preciso sempre superar-se, romper seus limites, como um Raskónikov capaz de relevar a culpa, de não ceder às pressões que se abatem sobre o homem que fraqueja. Antes de ser morto meu pai, disse-me tantas coisas a respeito da vida (…)
Como se chama o presidente?
Durante décadas este pequeno país viveu sob o comando cruel dos ditadores. “Cruel” não deve ser o adjetivo mais adequado para esse tempo: em verdade, foram décadas de uma ditadura silenciosa em que o povo tornava-se cada vez mais silencioso, mais quieto, como seu governo. Não houve, senão por uns poucos (…)
Rambo e Goku natalenses
Diante do inevitável surto das cidades, para evitá-lo só resta: surtar
Melancolia
O mundo acaba em nós
Peixe Podre
A faca rasgava a barriga do peixe como se abrisse nuvens, de onde escorreria uma chuva vermelha e viscosa. A arte das facas, a sorte lida nas vísceras, infortúnios em lugar de fortuna. As mãos tingidas do vermelho sangue-chuva-viscosa das entranhas dos peixes. O cheiro impregnado no corpo, no couro (…)
Deus: um agiota severo
O dízimo e a mercantilização da fé
Serviço público
Um jogo de cartas e um baralho sujo
O espelho satírico do mundo
Uma leitura de Quadrinhos dos Anoa 10, de André Dahmer
Ai, se eu te pego
O artesanato industrial e a música efêmera
A profilaxia dos shoppings e a harmonia excludente
Assepsia, desvios do padrão e exclusão dos pobres