Chico Mota
Francisco Fernandes da Mota foi um poeta, violeiro, repentista e cordelista paraibano que se tornou célebre no Seridó potiguar, especialmente em Caicó, onde viveu a maior parte de sua vida. Nasceu aos 23 de outubro de 1924, filho de Henrique Ferreira da Motta e Maria Elvira Fernandes, na Fazenda Dinamarca, município de Catolé do Rocha, Paraíba. Começou a trabalhar na agricultura aos 10 anos de idade e viveu na zona rural até 1963.
Em 1949, deu início à profissão de violeiro. Em 1955, na cidade de São Bento (PB), casou-se com Hermínia Joaquina Alves, com quem viveu até o dia de seu falecimento e lhe deu uma prole de 10 filhos. Em 1º de maio de 1963, criou, juntamente com o violeiro-repentista José Soares Sobrinho (in memoriam), o programa de rádio Violeiros do Seridó.
Em sua trajetória como poeta, é autor de vários cordéis e publicou 4 livros:
- Veredas Nordestinas,
- Trovas etc. (contos),
- Violas e Cantadores e
- A Saga de um Bandoleiro no Oeste Potiguar.
Gravou 5 CDs, sendo 4 em parceria com outros cantadores.
Foi sócio efetivo do Clube dos Trovadores do Seridó/CTS, ocupando a cadeira número 9, que tem como patrono Júlio César da Câmara. Foi membro da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte – ATRM, ocupante da cadeira número 38, cujo patrono é o acadêmico José Gotardo Emerenciano Neto.
Faleceu no dia 5 de junho de 2011.
A repercussão de seu falecimento foi sentida na homenagem prestada pela Rádio Rural. No horário matutino, em que ele costumava cantar diariamente, violeiros compuseram versos com o mote “A viola nordestina / Mais uma vez enlutada.” Na missa de seu sepultamento, vários colegas poetas entoaram em temas de sete linhas. A Casa da Cultura de Caicó será rebatizada com seu nome.
In memoriam
Inês falava tanto sobre o pai que eu gostava muito dele, mais pelo que ela dizia do que pelo pouco contato que tive com ele. Era um homem alegre e inteligente, que amava a vida e, aos 86 anos de idade, não dispensava uma caminhada diária e o contato com os amigos. Gostaria de ter conhecido melhor meu sogro, ter conversado com ele sobre literatura e história. Ele está em outra dimensão agora, e provavelmente o encontrarei por aí. Ficam meus pensamentos positivos para que ele continue sua caminhada evolutiva pela eternidade.
6 comments
Chico Mota foi meu colega de Rádio Rural por mais de 20 anos.Era um brincalhão,dele, eu recebi uma dica que me acompanha até hoje na profissão que escolhi:"Pituleira você tem futuro como radialista,precisa apenas ser mais brincalhão com seus ouvintes".Resultado:Estou a 35 anos nessa putaria.A cultura do Nordeste está mais pobre e de luto com sua partida.Parabéns pelo blogue.Pituleira..
Estamos planejando uma homenagem a Chico Mota na Feirinha de Ferreirinha este ano.Gostariamos de contar com sua presença.Pituleira…
Pituleira,
Seu comentário é um complemento importante à descrição dessa personalidade singular que é Chico Mota.
Se possível estarei aí com Inês. 🙂
falar o q?
prefiro ler tudo q vc escreve, sou sua fâ.
Thiagão, somente você com este gesto bonito, sincero e fraterno para registrar este momento triste porém memorável da passagem do Imortal representante da cultura Caicoense, e brasileira.
Um beijo do seu pai.