Relato de viagem 2 – Recife-Pesqueira

Tomamos desayuno e fomos pegar o ônibus para Pesqueira. Várias pessoas desconhecidas. Reconheci Gustavo Bezerra, que não via há muito tempo, mas não consegui lembrar seu nome antes que ele mesmo o dissesse. Viajei ao lado de Xisto, enquanto Eduardo colocava um DVD para assistirmos no vídeo do ônibus. Era uma entrevista com Waldo Vieira, sobre Autopesquisologia.

Conversei com Xisto sobre vários assuntos. Falamos sobre religiosidade nordestina, que parece ser muito marcante na vida quotidiana e nas lendas locais, que enfatizam a presença de santos nas histórias. De modo geral, o catolicismo brasileiro, com a canonização pirata de santos, é mais solto do que o romano. Lembrei de um artigo que eu lera naquela semana, do livro Divisões perigosas, sobre o sincretismo religioso no Brasil, fenômeno que não ocorreu com tanta força nos EUA, onde os negros foram convertidos ao modo de pensar e viver protestante.

Chegando a Pesqueira, vimos uma estátua representando a aparição de uma santa, evento famoso na cidade. Após desembarcar no Hotel Estação Cruzeiro e almoçar uma refeição muito boa, fizemos check-in, e vi que o balcão do hotel era adornado com uma miniatura da estátua da santa. Hospedei-me num quarto com uma cama de casal, muito confortável. Da sacada, podia ver uma serra muito bela (não consegui descobrir ainda se é a tal da Serra de Ororubá, onde vivem os índios xucuru).

 

Às 14:00, iniciamos as atividades do ECP2. O auditório estava gelado. Durante a energização promovida pelo epicon (epicentro consciencial) Leonardo Firmato, senti muito frio, principalmente no rosto. Quando passou por mim, senti que exteriorizou energias em meu peito (cardiochacra). Após essa atividade, percebi que meu nariz estava gelado e um pouco dormente. No dia seguinte, eu deveria atentar para me agasalhar melhor.

No jantar, conversei com Jáder, que tem uma proposta de curso de inglês para conscienciólogos, a ser ministrada aos voluntários do Intercampi. Disse-lhe que esse projeto vem bem a calhar, pois minha proposta de fazer uma oficina de poliglotismo teve que ser adiada. Isso me fez considerar que talvez trabalhar diretamente com idiomas não seja uma prioridade em minha programação existencial.

Na mesa estava sentado Marciano, que levou a conversa para uma discussão sobre Deus e religião. Ele defendeu a existência de Deus, enquanto Thales procurou argumentar pela sua inexistência. Enquanto tentei mostrar que não há como provar que existe uma causa primeira, percebi que aquela conversa estava extremamente mateológica. Considero-me agnóstico com um pendor para o ateísmo, mas não adianta ficar duelando com teorias vãs.

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