O que faz do nerd um nerd? – parte 2

Desde que a palavra nerd começou a nomear estudantes CDFs das escolas norte-americanas, muitas vezes fascinados por Ciências Exatas, o termo se estendeu para abranger pessoas que têm gostos exóticos ou se aprofundam de maneira exagerada em coisas fora do mainstream (o que às vezes é chamado de cult).

No entanto, certas mídias se tornaram corolários de uma certa identidade nerd que hoje assume o aspecto quase de uma tribo urbana. Quadrinhos, ficção científica, literatura fantástica, cinema de aventura, RPG, video games, Star Wars, Star Trek, O Senhor dos Anéis… A tendência de alguém que goste muito de uma dessas coisas é aumentar seu ciclo de amizades e ampliar seus gostos com base em algo comum a tudo isso. Mas o que há realmente em comum entre tudo isso? O que faz do nerd um nerd?

Romantismo fantástico

A literatura e o cinema de Ficção Científica tratam de coisas que não existem, ainda não existem ou talvez venham a existir. A literatura de Fantasia descreve mundos imaginários, onde há magia, raças mágicas e heróis extraordinários. Os video games são mundos irreais onde o jogador simula uma interação. Os quadrinhos geralmente contam histórias igualmente irreais e espetaculares. O RPG é um jogo no qual se imagina viver numa outra realidade. A literatura e o cinema de Terror mostram seres e lugares sobrenaturais.

O que há em comum entre todas essas coisas é o vislumbre de realidades imaginárias, onde ocorrem coisas impossíveis na vida real. Num futuro utópico ou distópico, vemo-nos diante de tecnologias, mundos e seres vivos novos (“to explore strange new worlds,  to seek out new life and new civilizations”), e imaginamos como seriam as novas facilidades e os novos desafios da vida humana, distanciando-nos de nossa vida cotidiana, tão comum.

Na Fantasia, identificamo-nos com heróis em mundos grandiosos, com monstros incomuns, seres e fenômenos mágicos e malvados vilões. Os arquétipos reinam e a armosfera remete a sonhos de glória e nostalgia, de uma época mítica onde tudo era fabuloso. Nos quadrinhos também imperam temas arquetípicos e míticos, com elementos equivalentes aos da Fantasia. A mesma sobrenaturalidade, com coisas de outro mundo e situações inusitadas, aparece no Terror.

No mundo criado por J.R.R Tolkien, há magia, lugares pitorescos e raças fantásticas, como os hobbits – Gandalf chega na Cidade dos Hobbits (Gandalf comes to Hobbiton), de John Howe

Nos video games, a realidade também é subvertida, e há uma identificação mais direta com os heróis, incorporados pelo jogador dentro de ambientes inverossímeis e plenos de perigos e desafios. O RPG é outra versão desses desafio de interpretação e solução de problemas.

Podemos aventar uma hipótese segundo a qual a introspecção está ligada à introversão e ao pouco convívio social (seja pelo temperamento do introvertido, seja por traços físicos discriminados, seja por outras circunstâncias). A introversão leva ao desfrute de atividades que são geralmente ou podem ser apreciadas na solidão ou com uma companhia mínima, como a leitura, o cinema, os jogos (eletrônicos ou não), quadrinhos e séries de TV (e até mesmo os estudos, pouco apreciados pela maioria). Disso pode nascer uma tendência à introspecção e o desenvolvimento de certas faculdades mentais. Uma certa angústia por causa da falta de amigos pode levar à imersão em mundos fantásticos, como os relacionados acima, que servem de refúgio ao candidato a nerd.

Essa tendência cria uma personalidade intelectual, que busca sempre mais conhecimentos na suas áreas de interesse. A imagem do nerd usando óculos não é à toa. Embora fique meio isolado durante algum tempo, esse indivíduo encontra pessoas que compartilham de gostos parecidos, o que cria laços de amizade e um convívio social bem específico, mas os traços mentais advindos da introversão se mantêm (a introversão em si pode ser superada).

Desafios mentais

A maioria dos produtos da cultura nerd envolve uma ou mais formas de desafio mental. O aspecto intelectual do nerd se revela em uma constante busca por desafiar as próprias faculdades mentais. Há pelo menos duas formas gerais de manifestação dessa tendência autodesafiadora: 1) a busca pelo aprofundamento em determinado tema ou coleção e 2) o engajamento no desafio em forma de jogo.

Álbum de figurinhas

O álbum de figurinhas (ou, como preferem as editoras,  “livro ilustrado”) é um exemplo-símbolo do aspecto do aprofundamento, pois envolve várias de suas facetas. Em primeiro lugar, o próprio álbum de figurinhas pode ser considerado um item nerd, e muitos nerds já colecionaram ou colecionam figurinhas.

Em segundo lugar, o objeto da coleção é algo fácil e ao mesmo tempo difícil de conseguir. Basta comprar um envelope numa  banca de revistas para ter acesso a umas 10 figurinhas diferentes, Mas é grande a probabilidade de cada envelope comprado vir com itens repetidos. Portanto, é preciso muita paciência para encontrar todas as figurinhas que completarão o álbum. A melhor forma de conseguir isso é trocando as repetidas com outros colecionadores, jogando bafo com eles ou negociando de acordo com um valor atribuído a cada figurinha (segundo sua popularidade e/ou dificuldade de ser encontrada).

O gosto pela busca das peças é mais interessante do que o prazer de completar a coleção. Por isso, talvez o álbum de figurinhas seja um exemplo imperfeito do que estou discutindo aqui, pois ele pode ser completado. Tomemos, por exemplo, a modalidade derivada mais próxima da coleção de figurinhas e mais ligada ao mundo nerd: os card games.

Magic: the Gathering
Cartas de Magic: the Gathering. Cartas, muitas cartas! Um desafio para qualquer colecionador-jogador

Um dos card games mais famosos, Magic: the Gathering, é composto por um número virtualmente infinito de cartas, cada uma com características distintas, diferentes efeitos no jogo, valor de troca e raridade. O desafio é buscar, comprando caixinhas com um baralho inteiro e/ou envelopes com cartas avulsas (que o colecionador só conhece depois que abre), além da troca com outros jogadores, as melhores cartas para compor um deck que funcione bem numa partida. Como a Wizards of the Coast está sempre lançando cartas novas e novos sets temáticos, a busca pelo baralho perfeito é interminável. Além disso, há o prazer de colecionar as cartas em si,, que sempre são belamente ilustradas por renomados artistas especializados em Fantasia.

Como apontou Dilberto Rosa em comentário à primeira parte deste ensaio, uma das principais características do nerd é que o objeto que o fascina é conseguido através de pesquisa e uma busca desafiadora, pois normalmente se trata de um produto fora do mainstream ou “cult”.

A literatura de ficção científica, por exemplo, ocupa um espaço marginal ou underground no mercado de livros, e é difícil para um leitor desse tipo compor uma boa biblioteca, ou porque as editoras são pequenas/independentes ou porque as editoras grandes lançam pequenas tiragens desse gênero. Isso vale para qualquer tipo de artigo, e a geração que viveu a infância nos anos 1980 conheceram vários tipos de coleções daquilo que hoje se tornou uma cultura nerd consagrada ou “clássica”.

Porém, essa cultura nerd consagrada se tornou muito mais fácil de se conseguir e colecionar, e a geração que hoje em dia está na infância/adolescência pode apreciar quase livremente os ligros de J.R.R. Tolkien, as melhores histórias do Batman (sem precisar colecionar todos os números de uma série mensal que data de várias décadas) e todos os episódios da série Jornada nas Estrelas dos anos 1960.

Esses neonerds, adeptos muito mais de uma moda do que portadores de um certo perfil intelectual, não sabem em sua maioria o que é o desafio de colecionar, e podem simplesmente comprar uma caixa completa com todos os episódios de Guerra nas Estrelas, em várias versões remasterizadas e com muito material extra e inédito. Porém, aqueles que buscam as novidades que ainda não viraram moda ou que ainda não foram publicados oficialmente no Brasil podem ser considerados mais próximos do perfil do nerd que hoje tem mais de 25 anos.

A busca e o aprofundamento também se manifestam de modo notável na coleção de “universos expandidos” de realidades fictícias. O “verdadeiro fã” de Guerra nas Estrelas não se contenta com a trilogia original (nem com a infame trilogia-prequência), mas busca os desenhos animados de C3P0 e R2D2 e dos Ewoks, os diversos livros inspirados na série, os video games, os bonecos (ou “action figures”), as miniaturas, o RPG, os quadrinhos… Esse nerd “jedi” quer ser expert em seu hobby, e muitos nerds caem numa armadilha: a produção em massa e desenfreada de novos produtos voltados para este público-alvo.

Ressalte-se que, como diz Dyego em um comentário:

Como o Jovem nerd disse uma vez: “o nerd não é nerd pelo objeto que ele gosta, mas do JEITO que ele gosta, é mais por atitude” (adaptado). Sendo assim, há mais nerds do que se pensava, e até aquele senhorzinho que coleciona garrafas de cachaça pode ser um nerd, mesmo sem se PARECER com um.

Isso me levou a uma expansão da classificação do termo “nerd”, que abrange várias ideias em torno da palavra:

  1. Nerds são aqueles marginalizados das escolas norte-americanas, geralmente estudiosos ou com gostos exóticos.
  2. Por derivação e “evolução”, nerds são uma geração autodenominada que viveu nos anos 80 e trouxe e desenvolveu de lá para os dias atuais uma certa “cultura nerd”. É sobre estes nerds que estou discorrendo mais amplamente neste ensaio.
  3. Por derivação, “nerds” são pessoas que colecionam e se aprofundam em alguma área do saber, da cultura, ou da mídia, não necessariamente da “cultura nerd” supracitada, de modo que já havia “nerds” antes de aparecer o termo, há jovens nerds hoje que não viveram nos anos 80 e vão continuar existindo nerds no futuro.
  4. Por herança, neonerds são como que uma tribo urbana bem jovem que está mais a seguir uma moda do que a portar um certo perfil intelectual.

Jogos

O outro aspecto do autodesafio é a busca por tarefas de cunho mental, como os jogos de tabuleiro, o RPG, os video games, os card games, as palavras cruzadas etc. Muitas vezes o nerd procura se superar mentalmente, não só com jogos; eles podem, por exemplo, ter um gosto especial por entender mecanismos e reproduzi-los, seguir manuais e destrinchar o uso de equipamentos eletrônicos.

Video games, por exemplo, apresentam problemas que o jogador deve resolver, em variados formatos, estilos e gêneros. Há jogos que exigem paciência, outros rapidez de resposta. Alguns lidam com visão esrratégica e de conjunto, outros propõem quebra-cabeças.

Seja como for, os video games exigem inteligência de vários tipos (dependendo do estilo de jogo) e, notadamente, ajudam a desenvolver as respectivas faculdades mentais. Estudos mostram que as pessoas que têm o video game como hobby desenvolvem melhor a capacidade de resolver problemas do quotidiano e até têm sonhos lúcidos com mais frequência do que as pessoas que não jogam.

O RPG exige mais imaginação do que os video games, pois os jogadores (players, que neste contexto está mais para atores do que jogadores), sentados ao redor de uma mesa, não têm à disposição mais do que descrições de seus respectivos personagens. Toda a ação acontece nas mentes dos participantes, e as situações imaginadas demandam trabalho em equipe e criatividade.

Além desses dois exemplos, qualquer tipo de desafio mental, qualquer tipo de jogo que demande esforço para ser resolvido, ajudando também a desenvolver as faculdades mentais demandadas, é um típico afazer nerd.

Não à toa, muitos cientistas são nerds e muitos nerds se engajam na Ciência como profissão.Esta é um empreendimento que exige do profissional um grande despojamento mental, criticidade, abertismo, acuidade, associação de ideias. Tudo isso vale para as Ciências Exatas como para as Naturais e Sociais. A própria Filosofia, talvez mais do que as ciências, depende de um algo grau de pensamento crítico, para que o filósofo não se deixe levar pelo puro pensar desenfreado.

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The End?

6 comments

  • concordo com tudo que disse, Thiago. Me vejo pensando agora num tio meu que assiste filmes, muitos, esses de comprar no camelô uns 5 por semana e assistir sempre o que passa na tv, mas se pedir a ele pra falar sobre um filme qualquer que viu, discutir, ele não vai saber, é diferente do cinéfilo (que considero nerd) que vai falar do plot, da escolha dos atores, quanto o filme faturou e todas essas bobagens (?) que meu tio, não nerd, não dá a mínima. Sobre figurinhas, eu colecionei muitas quando criança, desde Gang do Lixo, que horrorizava meus pais, a Pica Pau e uma de aviões de caça, o único que consegui 'fechar', se me lembro direito. lembro que ganhei uma bola uma vez no album de figurinhas do campeonato brasileiro de 2004, fiquei mó feliz. 🙂

    Não sou de levantar bandeiras, ou pensar que sou melhor que ninguém por ser nerd, mas acho que as pessoas poderiam procurar sempre algo além daquilo que consomem, conteúdo, como diz a propaganda da globo.com. vejo muitos 'haters'por aí, jogando merda em coisas que nem sabem do que se tratam, os 'trolls', e muita, mas muita gente com o 'whatever mode on'. Os nerds podem ser uma esponja de informação inútil, mas serão eles que construirão sua casa, produzirão o filme da vez e construirá o carro que o levará ao trabalho (e serão seus chefes).

  • Obrigado pela citação, meu caro! Mas, repito, boa parte dos 'neonerds' me incomoda… Sei lá, depois dos 15 anos assistir mil vezes Harry Potter vestido de bruxo num cinema lotado ou chorar diante de enredos tão vazios como os de Crepúsculo me cheira a distúrbios comportamentais bem sérios, com necessidade explícita de boas sessões de análise…

    Mas, tirante meu preconceito, legal sua "parte II", mas, não sei se por meu preciosismo e minha fidelidade aos originais, tal qual no Cinema, preferi o primeiro capítulo, ré, ré… Mas sobre o adendo dos álbuns de figurinha, cheguei a, "depois de velho" (uns 5 anos atrás), a comprar e preencher dois albinhos: o do filme do Hulk (gostei muito das cores das imagens do Ang Lee – sei que fui um dos poucos que apreciaram este filme…) e um ótimo sobre vários comerciais antigos da Coca-Cola (apesar de odiar o refrigerante e tudo o que ele representa, sou louco por aqueles anúncios antigos da marca, especialmente os da origem do Papai Noel) – taí um bom exemplo de lutar por aquele "algo impossível", aquela figurinha que ninguém tem (acrescente a isso eu ser um marmanjo e não ter nenhum "amiguinho" com quem trocar figurinhas, já viu a encrenca, né?)!

    Por fim, uma "autodefesa": apesar de sua gentil sugestão de ter-me atrapalhado com o teclado, não, falava mesmo "Dr. Spock", quando, dei por mim diante de sua crítica, que o médico é o DeForrest Kelley, não é mesmo?! Perdoe seu amigo que só viu Star Trek nos filmes, não tendo acompanhado com sua mesma avidez os inúmeros seriados da TV!

    Abração!

  • Nunca gostei de colecionar nada! nunca gostei desses modismos de colecionar figurinha, tampinha de garrafa, dinossauros de barra de chocolate, etc…

    Esses cinéfilos são chatos e a maioria dessas coisas todas que esses ditos nerds fazem é decorar coisas inúteis que não são se quer interessantes. Apenas o fazem para provarem que fazem parte daquele grupo. Acho que nossa década está mais e mais adolescente. Essa mentalidade adolescente é ótima do ponto de vista do mercado. Afinal o adolescente, com sua necessidade constante de fazer parte de uma tribo, é facilmente manipulado.

    Quando vejo aqueles caras que pregam um adesivo da apple em seus carros tenho vontade de ir lá tirar! Como uma pessoa chega ao ponto de fazer propaganda grátis de uma empresa? Só para que as outras pessoas achem que ele é especial porque tem um apple?? Fazem parte da tribo nerd tb!

    E sem ofensas, tb detesto toda essa super-projeção que Star Wars vem ganhando a cada dia! É engraçado como esses caras (muitos são grandes amigos meus) se acham especiais por lembrarem de um filme que passou quando todos nós éramos crianças e nem entendíamos direito o enredo.
    (e todo mundo sabe que Jornada nas estrelas que passava na tv manchete era muito mais interessante).

    O pior seriado de todos é aquele que o cara fala "mandingaa" ou coisa parecida (não lembro agora o nome). Ele consegue sintetizar tudo o que essa grande conspiração involuntária (??) da mídia vem fazendo para manipular as pessoas a consumirem agora produtos nerds.

    É por isso que eu admiro os punks (??).

  • Reli o que escrevi o fui muito agressivo. Então resolvi escrever de outra forma:

    Como os senhores sabem mais que eu, vivemos no planeta consumo. O absurdo é que já conseguiram agora associar e tornar inseparável os traços de personalidade, que as pessoas nascem com, do consumo.

    Hoje, se você não tem os CD's originais (e caros) da banda XYZ então você não gosta de rock!

    Se você não sabe decorada alguma frase de star wars você não gosta de ficção científica.

    Se você não tem um Apple você não entende nada de computadores.

    Se você não leu o código de Da Vinci (se o filme foi chato imagine o livro) você não gosta de ler.

    Você só é algo se você consumir,e mostrar que consome (a propaganda é a alma do negócio), algo.

    Assim, as pessoas que potencialmente nasceram com uma personalidade que as fazem gostar de algo (seja tecnologia, música, literatura, etc) mas que não podem consumir estes produtos, sentem-se como que por fora, e muitos acabam deixando de lado essa característica da personalidade que deveria ser estimulada.

  • @Anibal, só pra constar, discordo do que postou no primeiro "post" e me parece que você viajou na maionese no segundo.

    Eu me enquadro como nerd, apesar de nunca ter levantado bandeira. Eu não danço, não fui o mais popular na minha rua/escola/trabalho/universidade, me interessava por assuntos que quase ninguém fora do meu ciclo tinha interesse, gosto de viajar em teorias, gosto de videogame desde sempre, gosto de tecnologia, acho que os anos 80 foram fantásticos… e essas coisas todas. É disso que o texto está falando. Essa cultura nerd que, você concordando ou não, existe está sendo vista de uma forma diferente agora. O mercado considerar sua existência como nicho é uma prova disso. Mas como em todo grupo de seres humanos existem os alienados e os conscientes, os consumistas e os de mais ideologia.

    Minha memória não é tão boa, mas o fato de alguém lembrar de coisas muito antigas e achar isso legal não me ofende como parece ofender você.

    Você confundiu "nerds" com "alienados consumistas" e usou essas publicações do blog pra vomitar sua revolta com outra coisa. Pelo que me lembre, 99% dos seus amigos são nerd, incluindo você mesmo. E nem adianta dizer que não é, porque seria o mesmo que um índio dizer que não é índio.

  • Eu serei nerd?
    A revista mais antiga de Superman que eu possuo é de julho de 1955 em espanhol. A de Batman, também em espanhol é de 1969. Dai em diante não parei mais, espanhol, português inglês, etc.
    Tenho quase todas as Graphics Novels que apareceram, e etc. Vi todos os 79 capítulos de Star Trek na medida em que apareceram em preto e branco lá no meu país nos idos de 1967, 68 e 69. Acompanhei e gravei muitos episódios das outras séries na tv a cabo.
    E ainda vi desde 1967 O tunel do Tempo, The Invaders, Perdidos no espaço, Viagem ao fundo do mar, e todas aquelas séries fantâsticas que surgiram nos anos 60s.
    Vi todos os filmes de Star Trek, Star Wars, Star Troops Star tudo e etc. E ainda tenho livros e quadrinhos de Star Trek e Star Wars.
    E mais não lembro porque minha biblioteca ficou pequena e tenho um monte de literatura encaixotada, mas sou tão relapso que quando quero consultar algun livro, preciso abrir várias caixas.
    Acho que deverei contratar uma bibliotecária para organizar meu acervo… e comprar algumas estantes…
    Talvez deverei me mudar para uma casa maior…
    Sim, acredito que devo ser um nerd.

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